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Rogério Gago da Silva, o Tigrão acumula 96 diárias em 2025, e gastos com viagens levantam críticas sobre uso do dinheiro público



Porto Velho, RO - Com deslocamentos quase mensais, viagens longas e participações em eventos nacionais, chefe de gabinete da Presidência da ALE-RO fecha o ano em Bento Gonçalves (RS) enquanto cresce o debate sobre a necessidade de frear despesas financiadas pelo contribuinte.

O Secretário Geral da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), Rogério Gago da Silva, encerra o ano de 2025 com um total de 96 diárias pagas, resultado de uma extensa agenda de viagens que percorreu praticamente todo o estado — e também outros estados do país.

As viagens foram realizadas para representar o presidente da Casa, deputado Alex Redano (REPUBLICANOS), e para tratar de assuntos relacionados a emendas parlamentares, reuniões com prefeitos, visitas institucionais e participação em eventos nacionais. No entanto, o volume de deslocamentos e os custos acumulados começam a gerar críticas entre servidores, técnicos e parte da população que acompanha os gastos públicos.

 96 diárias pagas em 2025 — somatório confirmado

Período Diárias

Fevereiro 3

Março 13

Abril 11

Maio 13

Junho 12

Julho 2

Agosto 12

Setembro a Novembro (viagens adicionais) 30

TOTAL 96


O número é alto e chama atenção, principalmente considerando o período de contenção orçamentária que diversos órgãos públicos alegam enfrentar.

Viagens, reuniões e eventos — mas quem paga a conta é o povo

Grande parte das missões teve como justificativa a “articulação institucional”, “acompanhamento de emendas”, “visitas técnicas” ou “reuniões com autoridades municipais”. Apesar da relevância de algumas agendas, o volume de deslocamentos levanta um debate necessário: até que ponto essas viagens resultam em benefícios concretos para a população?

Cada diária paga sai diretamente do orçamento público — ou seja, do bolso de quem paga impostos.

Em um estado onde municípios ainda enfrentam escassez de serviços essenciais, estradas precárias, falta de médicos e escolas com manutenção atrasada, gastos contínuos com deslocamentos oficiais geram desconforto e questionamentos legítimos.

Missão em Bento Gonçalves (RS) encerra o ano com gastos elevados

O ápice dos deslocamentos ocorreu em novembro, quando Rogério Gago participou da Conferência da UNALE, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Foram seis diárias, somando R$ 13.200,00, valor considerado alto por críticos de dentro e fora do Parlamento.

Apesar de ser um evento importante no calendário político nacional, a pergunta permanece:

Era realmente indispensável enviar mais uma comitiva para um evento de luxo enquanto municípios rondonienses sofrem com orçamentos apertados?

Cresce a cobrança por contenção de gastos e maior responsabilidade administrativa

Especialistas em gestão pública apontam que o excesso de missões oficiais, mesmo que justificadas formalmente, pode sugerir falta de critério, desnecessidade em algumas agendas e descompasso com a realidade fiscal do Estado.

A população, que financia cada diária com o dinheiro arrecadado através de impostos — muitas vezes pesados —, é quem sente o impacto final desse tipo de despesa.

Em tempos de cobrança por transparência e eficiência, cresce o coro de que é hora de frear as viagens, cortar gastos e priorizar o que realmente importa para o cidadão rondoniense.

Conclusão: o rondoniense agradeceria se a Assembleia reduzisse as diárias

Com 96 diárias pagas apenas em 2025, a agenda de viagens de Rogério Gago expõe um problema maior: o hábito de viagens constantes como prática institucional, muitas vezes sem retorno claro à sociedade.

Frear esse ritmo, reduzir custos e revisar prioridades seria uma atitude de respeito à população que sustenta a máquina pública com muito esforço — um gesto que o povo rondoniense, certamente, agradeceria.

Total das viagens R$ 88.400,00

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