
Porto Velho, RO - O Senado Federal aprovou, por unanimidade, o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês. A medida, que deve beneficiar cerca de 25 milhões de brasileiros, segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e passa a valer a partir de janeiro de 2026.
A proposta (PL 1.087/2025), enviada pelo Governo Federal, também reduz as alíquotas para rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 e aumenta a taxação sobre quem recebe mais de R$ 600 mil por ano. O projeto cria ainda um imposto mínimo de 10% para rendas acima de R$ 1,2 milhão anuais, equilibrando a arrecadação e fortalecendo o princípio da justiça tributária.
O presidente Lula comemorou a aprovação e destacou que o texto representa um avanço histórico na construção de um sistema mais justo e equilibrado. “Hoje é um dia histórico. Demos um passo decisivo para um país mais justo, que reconhece o esforço de quem vive do trabalho”, afirmou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a proposta como um marco econômico, ressaltando que o aumento da isenção aliviará o orçamento das famílias e incentivará o consumo. “A economia que as famílias farão vai reduzir endividamento, inadimplência e fortalecer o poder de compra”, explicou.
O relator do projeto, senador Renan Calheiros (MDB-AL), manteve o texto aprovado pela Câmara dos Deputados, destacando que a medida corrige uma defasagem histórica. Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que a aprovação é “uma vitória da boa política e do diálogo entre os Poderes”.
Com a nova tabela, a isenção sobe de R$ 3.076 para R$ 5.000, ampliando o poder de compra dos trabalhadores e ajustando o IR à realidade econômica do país. A expectativa é que a mudança movimente o comércio e fortaleça a economia interna a partir de 2026.

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