A curiosa história do dia em que o Brasil quase teve outro nome

Porto Velho (RO) – Pouca gente sabe, mas o Brasil quase teve um nome completamente diferente daquele que conhecemos hoje. Durante o período colonial, as terras descobertas por Pedro Álvares Cabral em 1500 foram batizadas e rebatizadas várias vezes, até que o nome “Brasil” fosse oficialmente adotado. Essa é uma das curiosidades históricas mais inusitadas do país, que mostra como a identidade nacional foi sendo construída ao longo dos séculos.

Quando os portugueses chegaram, o território foi inicialmente chamado de “Ilha de Vera Cruz”, sob a crença de que se tratava de uma grande ilha. Pouco tempo depois, o nome mudou para “Terra de Santa Cruz”, em referência à cruz cristã e à fé católica trazida pelos colonizadores.

Porém, com o avanço da exploração comercial, especialmente da madeira nativa pau-brasil, o nome acabou sendo trocado novamente. O pau-brasil, árvore de tronco avermelhado usada para produzir tintas finas, tornou-se o principal produto de exportação do país no século XVI — e foi justamente por causa desse comércio que o território passou a ser conhecido como “Brasil”.

Outro fato curioso é que o nome “Brasil” tem origem celta, derivado da palavra brasa, que significa “vermelho” ou “ardente”. Essa ligação etimológica reforça o vínculo com a cor intensa da madeira que deu nome à nação.

Há também registros históricos mostrando que o rei de Portugal, Dom Manuel I, não gostou da mudança. Ele preferia o nome religioso “Terra de Santa Cruz” e chegou a enviar cartas pedindo que o novo termo não fosse usado oficialmente. No entanto, o povo e os comerciantes já chamavam o território de “Brasil”, e o nome popular acabou prevalecendo.

A adoção definitiva de “Brasil” ocorreu de forma natural, entre os anos de 1511 e 1520, e desde então o país nunca mais mudou de nome. Esse episódio curioso mostra como o costume popular e o comércio foram mais fortes do que a vontade da própria Coroa Portuguesa.

Hoje, o nome Brasil representa não apenas a história de sua exploração, mas também a identidade de um povo diverso, criativo e resiliente, que transformou suas origens em símbolo de cultura e liberdade.


Por Redação