
A capital de Rondônia enfrenta um desafio constante com a leishmaniose, uma doença endêmica que exige atenção redobrada de moradores e autoridades. Tanto a forma visceral, mais grave, quanto a tegumentar, que afeta a pele, têm sido registradas na região.
Porto Velho, RO - Recentemente, a cidade observou um aumento de casos suspeitos e confirmados de leishmaniose visceral canina (LVC). Essa situação levou a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) a intensificarem as ações de vigilância e prevenção. A identificação de animais infectados sem histórico de deslocamento para outras áreas indica que a transmissão local está ocorrendo.
Como a Leishmaniose se Espalha?
A leishmaniose não é transmitida diretamente de um animal para outro ou para humanos. O principal vetor é o mosquito-palha, também conhecido como flebotomíneo. Quando esse mosquito pica um animal infectado, como um cão (principal reservatório doméstico da doença, especialmente da forma visceral), ele se contamina com o parasita. Posteriormente, ao picar uma pessoa, o mosquito pode transmitir o agente causador da leishmaniose.
Prevenção e Controle em Porto Velho
As estratégias de combate à leishmaniose em Porto Velho focam em três pilares: controle do mosquito transmissor, proteção dos animais e diagnóstico precoce.
Controle do Vetor:
Manter quintais e terrenos limpos, eliminando acúmulo de folhas, frutos e fezes de animais, além de entulhos que possam reter umidade e servir de abrigo para o mosquito.
Realizar a limpeza regular dos abrigos dos animais domésticos.
Garantir o descarte adequado do lixo orgânico.
Proteção dos Animais Domésticos:
Evitar que cães fiquem do lado de fora durante a noite, período de maior atividade do mosquito-palha.
Evitar passeios noturnos em áreas com vegetação densa.
Levar os animais ao veterinário regularmente, manter a vacinação em dia e usar coleiras repelentes, sempre atento a qualquer sintoma incomum.
Diagnóstico e Tratamento: O diagnóstico e o tratamento em animais devem ser sempre realizados por um médico veterinário. Embora a doença possa ser tratada em cães com medicamentos específicos, o acompanhamento profissional é fundamental.
É importante ressaltar que o diagnóstico e o tratamento precoces são cruciais. A leishmaniose visceral, se não tratada, pode ser fatal.
Da Redação
0 Comentários