Para 2025, estimativas tiveram ligeira redução

Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, traz projeção mais alta para o crescimento da economia para 2024 — Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Porto Velho, Rondônia -
Às vésperas da divulgação do PIB do segundo trimestre, o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central do Brasil, traz uma nova revisão para cima para a projeção de crescimento da economia para este ano: 2,46% ante a 2,43% da semana anterior. As estimativas para a inflação foram elevadas pela sétima semana consecutiva chegando a 4,26%, uma ligeira alta em relação a previsão anterior, que era de 4,25%. A previsão para a cotação do dólar também sofreu pequena elevação: de R$ 5,32 para R$ 5,33. A taxa de juros foi mantida em 10,50%.

Para 2025, no entanto, as revisões tiveram uma ligeira baixa. A projeção para o IPCA foi de 3,93% para 3,92%. A previsão para o PIB foi reduzida na mesma medida: de 1,86% para 1,85%. Já as estimativas para o dólar e a Selic foram mantidas, respectivamente, em R$ 5,30 e 10%.

Nos cenários traçados para o mercado para 2026 e 2027, foram alteradas apenas as estimativas para o dólar, em ambos os casos, houve elevação. Em 2026, a previsão para o câmbio saiu de R$ 5,25 para R$ 5,28. Em 2027, foi de R$ 5,27 para R$ 5,30.

Os economista Guilherme Sousa e Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, dizem que o ponto base adicional que o IPCA de 2025 caiu foi suficiente para mudar a perspectiva da projeção de inflação do BC. "Desde a reunião de julho a mediana do Focus caiu 4bps, o que somado a uma política monetária mais restritiva e um câmbio menos depreciado, foi suficiente para o recuo da perspectiva de 3,6% para 3,5%, a despeito da alta de 2024, que provoca uma maior inércia," destacam em seu comentário matinal desta segunda-feira.

Sousa e Sanchez acrescentam:


"Avaliamos que desde a última reunião do Copom, o desvio ponderado para o horizonte relevante cedeu de 53bps para 45bps, sendo que a rolagem do horizonte na reunião de novembro promoverá uma queda ainda mais aguda. Por fim, em relação às projeções mensais de inflação, o mercado projeta 0,04% (-1bp) para agosto e 0,30% (+3bps) para setembro de 2024. As estimativas da Ativa para agosto estão em -0,06%, enquanto projetamos elevação de 0,59% para setembro."


Fonte: O GLOBO